
24 de fevereiro 2016
Materiais Ecológicos e Sustentáveis na Construção
Materiais ecológicos e sustentáveis compõem uma das áreas de maior desenvolvimento econômico e tecnológico. Deles surge a construção sustentável ou natural, com: maior eficiência energética, menor consumo de recursos naturais e redução de resíduos. Eles se classificam em: ecoprodutos ou materiais ecológicos, provenientes de forma artesanal ou semi-artesanal, de origem agrícola-orgânica e local – como tijolos de argila; materiais sustentáveis, produzidos industrialmente, não necessariamente naturais – como tintas minerais.
Materiais Ecológicos e Sustentáveis
Por categoria, se dividem em:
- Materiais isolantes – provenientes de: 1. Fungos (substituindo espumas plásticas); 2. Lã de ovelha (retém melhor o calor); 3. Papel;
- Materiais de acabamento (Tintas, resinas, colas, seladores) – 1. derivados de materiais naturais (não contêm toxinas e absorvem CO2); 2. À base de água e óleos vegetais (para impermeabilizantes, vernizes e solventes);
- Painéis de Vedação (Paredes, pisos e forros – substituindo o dry-wall) – a partir de: 1. Palha; 2. Materiais biodegradáveis ou recicláveis (absorvem CO2);
- Tijolos – de composição: 1. Biológica (bactérias produtoras de “cimento natural”); 2. Blocos de entulho; 3. Blocos de Pedra; 4. Adobe (inclusive na versão pau-a-pique); 5. Concreto reciclável (reaproveitado);
- Madeiras – manufaturadas de: 1. Serragem; 2. Restos de objetos e demolições; 3. Plástica (de fibra de madeira e termoplásticos, polímeros – com alta durabilidade e resistência).
- Outros – que atuam favoravelmente à economia d’água (torneiras com sensor, vaso com duplo acionamento – ou de reaproveitamento de água cinza, facilmente tratável para reuso) e de energia (iluminação LED, lâmpadas fluorescentes).
Normas e Viabilidade
Não há legislação específica sobre materiais ecológicos e sustentáveis por suas características de reciclagem e biodegradabilidade. Sua utilização recai sobre suas características físicas (resistência, durabilidade, trabalhabilidade). Certificações ambientais padronizam e qualificam estas construções. Por terem origem residual, ensaios de absorção, aderência, elasticidade, etc., precisam ser realizados criteriosamente devido à maior variação entre amostras. Quanto aos procedimentos construtivos, podem requerer cuidados especiais. Sendo comum na forma de pré-fabricados e pré-montados, a agilidade na obra pode compensar dificuldades de execução. Quanto a gerenciamento e projeto, deve-se sempre encarar a perspectiva de ciclo de vida dos materiais empregados.
Custos e Mercado
O custo nem sempre é competitivo, o que explica seu emprego limitado – mas de procura crescente. Como boa parte são de origem residual (descarte), prevê-se forte estímulo à produção em decorrência da Política Nacional de Resíduos Sólidos, podendo resultar redução de custos. Em virtude dos materiais ecológicos e sustentáveis melhorarem a qualidade habitacional com economia de consumo, eles têm um futuro promissor, com países empregando-os cada vez mais para fins econômicos e atendimento a exigências legais. Mas, sobretudo, em virtude da população incentivar tais práticas.
Para conhecer melhor alguns destes materiais ecológicos e sustentáveis, acesse: http://wwwo.metalica.com.br/arquitetura/10-produtos-sustentaveis-para-a-construc-o-do-futuro